Academia Real St. Claire
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

TRAMA DA FAMÍLIA

4 participantes

Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Kalysto S. Le Fay Qui Fev 26, 2015 11:27 am

SÉCULO V


Igraine uma jovem bruxa fora forçada a casar contra vontade com o Duque Uther da Cornualha, ao longo dos anos passou por muitos conflitos e alguns poucos momentos felizes ao lado dele e de sua filha Morgana, quando a jovem Morgana atinge a idade exata é levada por Viviane, a Senhora do Lago e irmã mais velha de Igraine, para Avalon lá Morgana é treinada por anos para se tornar uma Bruxa das Trevas, mas antes que isso aconteça Morgana e Arthur tem sua ultima noite de amor, noite que gerou seu único filho Gwydion, que após sair da ilha de Avalon assume o nome de Mordred.

Pouco depois da coroação de Arthur como Grande Rei de Camelot, onde hoje é chamado de Grã-Bretanha, ele casa com a princesa Gwenhwyfar, que é apaixonada por seu leal escudeiro, Lancelot, Gwenhwyfar não consegue dar um herdeiro a Arthur e ele supondo que o estéril do Casal Real talvez fosse ele, permite que Gwenhwyfar se torne amante de Lancelot, para dar um herdeiro ao trono.

Anos se passam e Mordred a esta altura já é um homem feito, e como tal não poderia viver em Avalon junto as sacerdotisas, ao sair do reino mágico se dirige ao reino de Arthur sem saber que o mesmo é seu pai, o desafia para um duelo e ambos acabam morrendo, Morgana leva seus corpos para Avalon e amaldiçoa suas futuras gerações impedindo-as de amar sem saber que seu filho havia lhe dado três netas em sua jornada até o reino de Camelot.

Mordred tivera três filhas com três cortesãs diferentes, as mesmas tinham a diferença de idade de apenas um mês entre cada, sendo a mais velha Avery Le Fay, Valkyria Le Fay a do meio e Kalysto Le Fay a mais nova, algum tempo após a morte de Arthur e Mordred, Morgana cai em desgosto profundo e escolhe a morte ao invés de sua vida eterna, passa então seu titulo de dama do lago a filha de Viviane, Remy Hadley Le Fay, Remy é uma bruxa que tem vislumbres de fatos passados em sonhos, mesmo que não estivesse nos acontecidos, e vê a concepção das três crianças de Mordred, Avery, Valkyria e Kalysto, mas Remy nunca esteve em completo acordo com sua mãe e a ultima coisa que desejava era ficar presa pela eternidade em Avalon, então antes de sua coroação como Dama do Lago Remy entra sorrateiramente no meio da noite na sala de tesouros mágicos do castelo, de lá ela rouba quatro gemas, mesmo sem saber para que cada uma delas servisse, e então foge sem ser vista.


TRAMA LE FAY -  PRIMEIRA PARTE



Spoiler:


Última edição por Kalysto S. Le Fay em Qui Mar 12, 2015 12:36 am, editado 1 vez(es)
Kalysto S. Le Fay
Kalysto S. Le Fay

Mensagens : 30
Dinheiro : 58
Data de inscrição : 19/02/2015

Ficha do personagem
Mochila:

Ir para o topo Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty Re: TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Lily V. Schüler Voss Qui Fev 26, 2015 7:59 pm


The Remy's trail
Morgana  bem que tentou me vender um mundo perfeito. Não é bem minha culpa se enxergava as marcas de sangue embaixo do tapete. Na verdade, essa era a minha maldição. Avalon poderia parecer perfeita para muitos, mas as pessoas ficaram cegas por repetirem a mentira de era um reino justo várias vezes. Eu sou íntima das sombras. Sinto o frio que habita os corações de todos, e o coração de Morgana era como uma avalanche de neve que a cobria e sufocava aos poucos. Conhecia o medo de perto, por vezes, até ria dele.

Quando minha mãe chegou em casa, dizendo que eu fui escolhida para ser a dama do lago meu coração disparou. Tudo o que eu queria era continuar com a minha vida pacata ironizando tudo e todos de Avalon. Certas coisas nunca hão de morrer, iram ser lembradas e relembradas para sempre, e uma dessas coisas fora a minha atitude naquela noite.  Quem convivera comigo durante a minha infância diria que eu era uma garota submissa, calma, que cumpria com as obrigações, sem opinar... Mas naquela noite, aonde a luz do luar tocava os campos de jasmim, eu iria provar que havia mais personalidade dentro de mim do que em todos.

A sacada do castelo de pedra estava iluminada pelo prata da lua cheia e o meu vestido de seda, vermelho, tocava minha pele suavemente me fazendo arrepiar. Uma coroa de espinhos de bronze, apertava e quase perfurava a minha pele e tinha um contraste interessante com os meus loiros, que desciam até a cintura em ondas perfeitas e sutis. Senti um abraço caloroso e o cheiro de hibisco denunciou quem me abraçava com tanto fervor, me virei de frente para a garota de cabelos castanho-avermelhados a puxando para um beijo lento. — Rose! Pensei que não viria me ver... — Falei com um olhar esperançoso e feliz. —Pare de ser boba Emmie! Eu nunca te deixaria fugir sem um beijo de boa sorte! — A voz de Rose soou como música em meus ouvidos. Saber que era a ultima vez que eu a veria me partiu o coração. Mas eu não a amava, eu a adorava... E por isso parte de mim tinha consciência de que se eu ficasse, o nosso caso não duraria muito.

[...]

Rose havia deixado o meu quarto, e faltava apenas uma hora para a minha coroação. Levantei o vestido, que arrastava no chão para que pudesse correr, e quando os vigias se distraíram entrei na sala de tesouros mágicos. Peguei quatro gemas, que estavam na prateleira principal, tomei alguns livros mágicos que ali estavam também. Coloquei tudo em uma bolsa de pele de carneiro, aonde dentro, já havia alguns objetos de ouro.

Deixei a sala de tesouros e fui em direção a cozinha, aonde Rose me esperava. Eu iria fugir pelos fundos, em uma carruagem comandada por Nero, um amigo cocheiro que trabalhava para nobres das fazendas de arroz. Entrei na carruagem com a mochila e olhei para janela, me distanciando cada vez mais do castelo. Soltei um suspiro, e adormeci.

Nero me acordou quando já era de manha, estávamos no ponto da floresta aonde havíamos combinado. Ele me contara que eu teria de ser sútil, quase invisível pois todos os guardas e exército de Avalon estavam me caçando para que eu assumisse minha responsabilidade. Paguei o homem com um pouco do ouro que estava na bolsa e fiquei parada vendo a carruagem ir embora. Olhei para o horizonte. Eu não sabia para onde eu iria... Mas sabia o que iria fazer. Naquele momento começara uma caçada... Uma busca por três garotas com os cabelos avermelhados como os meus, que me visitavam nos sonhos todos os dias. Caminhei rumo ao fim do céu azul, disposta a chegar até a beirada da terra para encontra-las se fosse preciso, a escuridão seria minha aliada, meu anonimato seria minha salvação. As noites chuvosas seriam minha tormenta e as estrelas seriam as minhas guias.
Watch out, here I come!
You spin me right round...
Thanks Maddoll @ TPO


Última edição por Remy H. S. Le Fay em Ter Mar 17, 2015 11:15 pm, editado 4 vez(es)
Lily V. Schüler Voss
Lily V. Schüler Voss
Academia Real de St. Claire
Academia Real de St. Claire

Mensagens : 84
Dinheiro : 100
Data de inscrição : 19/02/2015

Ir para o topo Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty Re: TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Avery S. Le Fay Qui Mar 05, 2015 9:17 am



TRAMA DA FAMÍLIA Tumblr_mkw1dpD5r21s8fq9jo1_400
Flashes deviate her heaven
Like her frozen heart


Avery Salem Le Fay foi o primeiro erro de Mordred, a primeira maldita do mundo que iria assombrar a terra por milênios. Sua mãe era uma mulher prostituta que dançava num bar a beira de estrada e dormia com viajantes em troca de moedas; vinda de uma família extremamente pobre, trabalhava apenas para sua sobrevivência e dormia no bar onde trabalhava por misericórdia do dono. A família da moça Valéria havia sido dizimada por uma doença, não deixando nenhum bem material para a moça a não ser uma casa bem velha que Valéria alugava para ter um pouco mais de dinheiro.

Quando descobriu que estava grávida, já aos seis meses de gestação, foi expulsa do bar onde morava e trabalhava, já que não havia mais nenhuma utilidade. Valéria, desesperada e sem saber quem era o pai, saiu em busca de um lugar para morar e encontrou um abrigo na casa de um velho viúvo com condições medianas. Em troca de comida e abrigo, Valéria teria que ceder a todos os desejos do homem e ter que trabalhar integralmente como empregada.

Avery nasceu de madrugada num porão frio e sombrio, onde Valéria estava trancafiada por se negar a dormir com o homem naquela noite. Foi um parto complicado e que demorou horas, Valéria teve que fazer tudo sozinha e, no amanhecer, estava quase morta deitada numa poça de seu próprio sangue. Avery estava em seus braços, bem e saudável, os ralos cabelos ruivos reluzindo com os primeiros raios solares que entravam na única janela do local.

Quando finalmente a porta do porão foi aberta pelo velho, o mesmo não se alegrou com toda a sujeira e o acontecido, então novamente Valéria foi expulsa, como um cão. A mulher não aguentou andar muito, suas condições a levaram apenas para uma praça bem perto da casa onde estava. Furiosa, olhando a confusão e desgraça que Avery havia lhe trazido, deixou-a na porta de alguém qualquer e partiu cambaleando com destino de outra cidade. Não aguentou nem metade do caminho e teve uma hemorragia grave, então a Morte a levou e sua carne serviu de comida para os animais.

A casa cuja Avery foi deixava na porta era bela e atraente, o que demonstrava a boa condição financeira de seus moradores. Gwen e Rinaldo eram um casal já de idade avançada que tinha um filho de dois anos e outro adotado com 16 anos. O casal tivera muita dificuldade em ter um filho legítimo, Miguel, o filho de 2 anos, foi um milagre, mas a gravidez trouxe muitos problemas e Gwen não tentaria ter outro filho. Quando a mulher abriu a porta e se deparou com o pequeno embrulho com uma recém-nascida ficou assombrada, pegou a menina e a levou para dentro. Analisando cuidadosamente os fios ruivos e os olhos esverdeados, viu ali uma oportunidade de ter três filhos, como o casal sempre planejava.

Gwen e Rinaldo cuidaram de Avery, tomando a garota como sua filha. Deram-lhe educação, comida e tudo necessário para ela. Avery cresceu iludida achando que aquela era sua família biológica, até seus 13 anos pelo menos. Miguel, o filho biológico de Gwen e Rinaldo foi a primeira vítima dos encantos de Avery. Com seus belos cabelos acobreados, rosto delicado e personalidade meiga e educada, Avery conseguia encantar qualquer um, embora na época não estivesse tão preocupada com isso. Quando Avery tinha 15 anos, Miguel tinha 17, e, como muito acontecia naquela época, eles tiveram uma relação além de seus laços fraternal. Tudo começou como uma paixão que foi se tornando num fogo intenso e que terminou em cinzas. Avery nunca o amou, era apenas desejo carnal, mas ela fez com que o garoto a amasse profundamente, quase como um delírio, e isso o destruiu três anos depois.

Aos 16 seus poderes começaram a aflorar, ela não tinha ideia do que estava acontecendo e, apavorada, não queria que ninguém descobrisse. Conseguia fazer coisas inexplicáveis e que, sem dúvida, poderia ser presa ou executada por causa disso.

No seu aniversário de 18 anos, uma pequena festa foi feita em sua casa. Chamou os amigos mais íntimos e se divertiu com sua família, mas algo estranho aconteceu e a sala foi coberta por sombras. Era como se uma fumaça negra e sólida tivesse preenchido a sala. Gritos e lamentos de dor começaram a se ouvir e Avery tomou ciência de que fora ela que causara aquilo. Avery tentou desesperadamente fazer com que aquilo parasse, a última coisa que gostaria era de causar dor a sua família... a Miguel. Ela tentou tirar todos dali, mas os gritos estava parando aos poucos. Avery conseguiu puxar a mão de Miguel e tira-lo dali, mas ao sair da porta o garoto já estava pálido e seu corpo sem vida. Assustada, Avery deixou que o corpo do menino caísse no chão. Ela não entendia como poderia estar tão bem, parecia que nada tinha acontecido. As sombras estavam se dissipando aos poucos e a medida que isso acontecia a garota pode ver vários corpos cheios de cortes caídos no chão. Cobriu a boca com as mãos, apavorada. Apesar disso, ela sentia algo bom crescendo dela, algo forte e poderoso. Avery não teve escolha a não ser fugir da cidade, sem rumo, sem lugar para ficar, sem ter certeza do que realmente era.

What the hell makes her lovely eyes so blind?


template coded by always and forever of atf

Avery S. Le Fay
Avery S. Le Fay

Mensagens : 2
Dinheiro : 2
Data de inscrição : 19/02/2015

Ir para o topo Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty Re: TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Valkyria S. Le Fay Qua Mar 11, 2015 5:06 pm

witch born


Em um pequeno castelo, foi lá que Valkyria nasceu, mas não onde foi concebida, Sua mãe Maeve antes de se tornar a esposa de um nobre, foi a mais bela cortesã da região, sua beleza era inegável, homens faziam fila para sua cama, tinha todos na palma de sua mão e ainda podia se dar  ao luxo de escolher aqueles que mais a atraiam, foi assim que Mordred acabou em seus braços.

Mulher astuta como sempre foi, notou os sinais da  gravidez, seria romântico dizer que ela  amava Mordred, mas isso era  mentira, ele foi apenas  mais um homem em sua  cama, ter uma criança poderia abalar sua estadia  no bordel, lá era um local um tanto luxuoso e cortesãs com filhos  ficavam destinadas a locais inferiores, quando viu em um nobre apaixonado a chance de  sair dessa vida, agarrou com as duas mãos, estava gravida e portanto tinha de ser rápida, disse que o filho era  do homem e fez com que o casamento ocorresse sem maiores empecilhos.

Valkyria cresceu como uma nobre, cercada de  luxo e criadas, havia herdado a beleza de  sua mãe, mas  nunca soube de sua verdadeira origem, o nobre que a criou se chamava Oberion, ele um homem tempestuoso, ciumento e  colérico, tanto com sua mãe quanto com ela, mantendo-nas presas dentro de casa, raramente deixava homens se aproximarem, mas  ela tinha dentro de si um espirito rebelde, fugia no meio da  noite e ia para aldeias disfarçada, cantar e dançar com plebeus.

Pelos seus 15 anos, notou que podia fazer algumas coisas incríveis, os elementos lhe obedeciam, mesmo que nem sempre funcionasse como queria, mas sempre havia algo novo e diferente acontecendo, quando tentou perguntar isso a sua mãe, foi recebida  com um tapa e  um discurso que só o demônio permitia a humanos fazerem essas coisas, por isso ela deveria se purificar e  pedir perdão antes que um padre a queimasse por tal crime contra  os  céus.

Passado alguns anos em uma noite em seu aniversario de 18 anos, quando planejava  mais uma de suas fugas, que Oberion entrou em seu quarto, ele estava fora de  si, cheirava a bebida e  murmurava o nome de Maeve, perguntava sem parar onde estava sua mãe, berrava que havia descoberto sobre as fugas, que Valk se tornaria como a mãe, uma prostituta qualquer, agarrou seu cabelo com força a arrastando enquanto chutava e gritava pelos corredores, clamava por ajuda, mas ninguém a socorria, ele a socou deixando-a incapacitada, rasgou suas roupas, pegou seu chicote de açoite e a castigou sem piedade, surrando sua carne macia e  intocada, sangue escorria misturado as lagrimas, mas  sua  mente vagava perdida, distante, sem entender  o por que, sabia que ele sempre  foi um homem violento com sua mãe, mas dessa  vez talvez estivesse sendo punida por ser  uma filha ruim.

Só no dia seguinte ainda sem forças e mergulhada em dor, ouviu na direção do batente da escadaria um som repetitivo como uma pessoa que bate a porta insistentemente, juntando forças, buscou a  origem, apenas para ver o corpo de sua mãe enforcada balançando contra a escada com uma expressão de desgosto, provavelmente Oberion em seu surto deu cabo de  sua vida, ali mesmo se ajoelhou sentindo-se sem rumo, abalada, machucada, então como nos contos infantis, peixes dourados apareceram em sua volta, nadando no ar, espectros de borboletas cor de arco-iris voavam a sua volta e o teto tinha a cor do céu estrelado, Valkyria sentia dentro de si uma força que não entendia, mas sabia  o que devia ser feito, pegou seus  pertences e preparou um cavalo, depois seguiu até os campos onde Oberion estava, esperou até que estivesse sozinho e o matou, então fugiu, sem ter muita ideia do que era, nem pra onde ir com meio punhado de  pertences e um coração ferido.

Valkyria S. Le Fay
Valkyria S. Le Fay
Academia Real de St. Claire
Academia Real de St. Claire

Mensagens : 11
Dinheiro : 13
Data de inscrição : 19/02/2015

Ficha do personagem
Mochila:

Ir para o topo Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty Re: TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Kalysto S. Le Fay Qua Mar 11, 2015 9:00 pm




Kaly S. Le Fay





Kaly tinha muitas lembranças de sua infância, havia sido criada por Kendra, uma camponesa que mudava-se com frequência como uma nômade, a jovem lembra-se quando tinha cinco anos e começou a invocar as sombras pela primeira vez, estava deitada sobre o feno no celeiro com suas madeixas loiras presa em um rabo de cavalo, ainda não sabia ler ou escrever, nesta época apenas os nobres tinham acesso a educação, mas tão pouco parecia uma camponesa, sua pele era alva como se a neve tivesse recebido uma leve coloração rosada, seus olhos tão azuis e límpidos quanto um lago intacto da poluição humana, a jovem estava quase em um cochilo quando Kendra entrou no celeiro a sua procura...


- Kaly, você está aqui? – Este era o lugar mais obvio para procurá-la, quando Kaly ainda era jovem sempre isolava-se no celeiro junto a Lil, a gata de Kendra cuja pelagem era de um tom amarelo com estranhas marcas pretas como as de um tigre, a jovem deitada em meio a grande colunas de feno fez um leve movimento com a mão então algumas sombras começaram a juntar-se acima de onde estava deitada, ainda era muito jovem e não sabia mover-se com ajuda das sombras, apenas convocá-las como estava fazendo neste momento para que Kendra soubesse sua localização. Kendra fechou a porta do celeiro ocultando o brilho do sol que ardia do lado de fora – Eu já pedi para não fazer estas coisas não foi? – Disse Kendra docemente enquanto se aproximava, ela sentou-se ao lado de Kaly e a mirou – Eu não entendo porque deveria esconder algo que surge de mim com tanta naturalidade... – Disse a contragosto – Minha pequena eu já lhe disse, isso pode ser perigoso, se acharem que você é uma Bruxa das Trevas vão jogá-la em uma fogueira antes que eu possa provar o contrário... – Kaly suspirou com desgosto – Apenas não quero que nada de mal aconteça a você minha menina... – Disse Kendra pousando sua mão suavemente na cabeça da jovem, Kaly nesta época tinha apenas 13 anos e sequer imaginava as coisas que seu futuro lhe reservava, deu outro suspiro de desgosto e mirou os olhos castanhos claros da mãe, não entendia muito bem como ganhara aqueles olhos azuis, mas procurava não fazer muitas perguntas, ainda era muito jovem e não havia aprendido a apreciar o desconhecido – Kaly preciso que faça suas malas, vamos viajar novamente... – Kaly sentou-se de um pulo – Mas porque mamãe, não tem nem um ano que moramos aqui e... – Kendra então a interrompeu – Não questione minha atitudes, apenas faça! – Disse de forma severa porem com uma pitada de doçura no fim, então levantou-se e caminhou para a porta do celeiro a abrindo novamente – Partiremos ao por do sol! – Disse e então os barulhos de seus passos distanciaram-se até sumirem, Kaly revirou-se em cima do feno e mirou Lil, a gata estranha – Espero que desta vez ela deixa-a para tras! – A gata miou levemente como se implorasse para que isso não acontecesse fazendo Kaly soltar um sorriso em meio a outro suspiro, ela pôs-se de pé ligeiramente e saiu do celeiro com Lil em seus tornozelos...


O sol estava começando a se por e Kaly já havia arrumado todas as suas coisas, Lil estava sentada sobre sua cama a observando com atenção enquanto ela guardava suas poucas peças de roupas em um saco de tecido junto a alguns itens pessoais e cantarolava baixinho, foi quando a porta de seu quarto abriu-se com um solavanco forte, Kendra entrou pela mesma com urgência – Não temos mais tempo, preste atenção eu quero que esconda-se agora e fique escondida até eu dizer que pode sair! – Uma urgência que causava medo na jovem estava estampada nos olhos de sua mãe – Mas mamãe o que aconteceu? – Kendra começou a procurar possíveis esconderijos como o guarda roupa, em baixo da cama, precisava esconde-la depressa, então do lado de fora da casa um barulho começou a crescer gradativamente, eram barulhos de cascos no solo de areia, cavalos estavam se aproximando a passos ágeis da cabana, quando pararam na frente da mesma uma trombeta soou, apenas a cavalaria da rainha se identificava de tal forma e depois do som três batidas foram dadas na porta – Kaly, eu sei que disse para você nunca mais brincar com as sombras, mas agora eu retiro o que eu disse, entre em baixo da cama e convoque-as para que a escondam, rápido! – Disse Kendra em sussurros mas com um certo desespero na voz, Kaly a obedeceu rapidamente e entrou em baixo da cama, concentrou-se em convocar o máximo de sombras que pudesse, chamando-as de encontro a si para oculta-la, mas o medo que aflorava nela a fez perder o controle, a porta fora aberta com um forte estrondo, os guardas da rainha adentraram em sua pequena cabana com suas espadas presa a cintura e armaduras lustrosas... – Somos a guarda de caça as Bruxas senhora, viemos para fazer apenas uma ronda normal, se nada tiver a esconder nada deverá temer! – Disse o que se encontrava a frente dos demais, então fez um aceno para que os outros vasculhassem qualquer indicio de magia na cabana, Kaly estava apavorada e queria proteger a mãe tanto quanto estava protegida, este havia sido seu erro, pensar na mãe, as sombras começaram a desprender-se do bosque próximo a cabana e escorrer para dentro da casa, uma outra saiu de debaixo da cama e deslizou até o pé de Kendra começando a envolve-la, a mesma teve o instinto de gritar pelo susto mas dedicidiu manter-se firme, qualquer deslize e Kaly seria descoberta, quando finalmente o guarda real viu a sombra envolvendo os pés de Kendra a mesma já fazia gestos desconectados e emitia alguns grunhidos como se a mesma estivesse invocando as sombras, mas ela estava fingindo e Kaly sabia disso – Vejam é uma Bruxa, peguem-na – Gritou o guarda real e todos os outros correram agilmente imobilizando Kendra no chão sem muito sacrifício, o Guarda que mais parecia ser o comandante pisou sobre o rosto dela e riu com escarnio – Então queria nos cegar com suas sombras heim Bruxa... Mas você irá pagar por sua devoção a satanás, irá ser jogada na fogueira como um verme! Levante-a e tragam-na ainda hoje quero ver seus ossos arderem em chamas enquanto comemoramos com vinho e rum ao pé de sua fogueira! – Dizendo isso todos saíram da cabana arrastando Kendra que deu uma singela olhada para onde Kaly se escondia e murmurou sem som algum – Esta tudo bem criança... – Uma lagrima escorreu pelo seu rosto então todos saíram batendo a porta com tanta força que a mesma teve sorte de ainda ficar em pé, quando o barulho de cascos estava um pouco distante Kaly correu para a janela e viu a carruagem afastando-se, imaginou o que eles estariam fazendo com sua mãe dentro da mesma, o pensamento fez seu estomago dar algumas voltas, não poderia deixar sua mãe morrer em seu lugar, uma lagrima caiu por seu rosto desesperadamente, odiou-se por conseguir conjurar as sombras e odiou-se mais ainda por não ter conseguido controla-las e ter condenado a mãe a morte, então por um breve instante pensou que se revelasse a verdade e dissesse a todos que ela era a bruxa e não sua mãe talvez pudesse salva-la, então com a impulsividade da juventude saiu de casa correndo na mesma direção que a carruagem, sabia que jamais alcançaria a mesma, mas deveria tentar, havia condenado sua mãe a morte e jamais se perdoaria se a mesma morresse em seu lugar...


A noite estava clara devido a lua cheia, os músculos das pernas de Kaly doíam desesperadamente, havia parado apenas uma vez desde que saíra de casa para tentar salvar sua mãe, quando finalmente alcançou o acampamento da guarda real uma grande fogueira já estava pronta com cinco mulheres amarradas uma de costas para a outra, uma delas era Kendra, seu rosto estava ensanguentado, seu olho como uma beterraba protuberante e roxa na sua face que outrora tinha sido muito bela, a raiva percorreu as veias da jovem Bruxa, esses monstros deveriam pagar pelo que fizeram a sua mãe, começou a aproximar-se devagar, antes de qualquer coisa a sua prioridade era salvar Kendra, mas a guarda real fora mais rápida e antes mesmo que estivesse perto o suficiente para enforcar ao menos um deles foi ateado fogo na fogueira com as supostas bruxas, o peito de Kaly acelerou em desespero, não lhe restava muito tempo, começou então a invocar as sombras com seus olhos fechados, suas têmporas chegavam a doer devido a pressão que estava fazendo,  as sombras começaram a deslizar para fora dos bosques, as sombras envolveram as chamas que começaram a queimar em labaredas escuras, as mulheres começavam a gritar, o fogo se espalhava muito rápido no mato seco misturado a galhos e feno na base da fogueira, já era tarde, não tinha mais chances de salvar sua mãe, lagrimas de desespero e ódio começaram a brotar de seus olhos, os gritos de Kendra eram os mais altos nos ouvidos da jovem, ela ajoelhou-se chorando e tentou tampa-los, foi quando perdeu a concentração novamente, todas as sombras começaram a subir aos céus formando uma grande massa negra que rodava como um turbilhão ocultando a lua e as estrelas, a guarda real havia ficado alarmada, todos agora estavam com suas espadas a punho, raízes começaram a desprender-se do chão e enrolar-se nas pernas dos cavaleiros, os imobilizando, alguns tentavam corta-las mas seus movimentos mal calculados junto ao desespero de livrar-se das raízes faziam com que dessem golpes mais fortes que o necessário, alguns deles ficaram com as pernas mutiladas pelas próprias laminas, as raízes continuavam crescendo enrolando-se em seus corpos deixando-os presos ao solo, Kaly levantou-se e começou a caminhar em direção ao acampamento, os gritos haviam cessado o que indicava que todas as mulheres já estavam mortas, inclusive Kendra, a jovem bruxa caminhou parando em frente ao guarda que havia invadido sua casa e prendido sua mãe – Então você é a Bruxa das Sombras heim... O que foi ficou bravinha por termos tocado fogo na porca imunda que chamava de mãe? – Disse ele com sarcasmo, o que não era muito indicado já que estava completamente imobilizado junto a seus soldados no chão pelas raízes que enrolaram-se tanto em seus corpos que agora mais parecia um casulo deixando apenas a cabeça para o lado de fora – Sim eu sou a Bruxa das sombras... E se não ouvi errado você tem medo de ficar cego por elas não... – Disse Kaly mirando-o nos olhos com um brilho psicopata em suas íris azulada, o guarda arregalou os olhos, pela primeira vez deixou o medo transparecer em sua face – O que irá fazer bruxa? – Kaly soltou uma gargalhada sonora – Não me diga que está com medo! Pode ficar tranquilo seu verme, não usarei as sombras para deixar-lhe cego, mas posso lhe garantir que meu rosto será a ultima coisa que verá em sua vida... – Disse ela afastando-se um pouco indo em direção a fogueira, lá ela achou um galho que so havia pego fogo até a metade, deixando sua ponta em brasa pontiaguda, ela observou a mesma e sorriu, voltou então com leveza até o homem com o galho na mão... – Nunca mais verá nada como castigo por matar minha mãe... Ela nunca fora uma Bruxa... E também nunca mais irá me achar e nem enxergar mais nada ou ninguém... – Disse ajoelhando-se de seu lado, colocou o galho com a brasa virada para baixo, decia-o com calma na direção do olho esquerdo do soldado, estava divertindo-se com o desespero e medo dele e quando finalmente a brasa encontrou seu globo ocular ele gritou, um grito que Kaly decidiu interpretar como vitória, gostava daquele som então repetiu o processo no outro olho do guarda deixando-o completamente cego, sua gargalhava por vezes ficava mais alta que os gritos dele, então um a um Kaly cegou todos os soldados que estavam presos no chão, depois de sua vingança ter sido feita ela mirou o céu, as sombras ainda rodopiavam acima de todos, ela apenas desejou e as mesmas começaram a descer inclinadamente em direção ao bosque, ela afastou-se andando sorrateiramente, começava a ficar um pouco tonta, nunca tinha controlado as sombras por tanto tempo, isso provavelmente havia esgotado suas forças, quando estava muito próxima as sombras ouviu um barulho em meio as folhas secas atrás de si, virou-se agilmente e viu dois olhos amarelos em cima de um galho, deu alguns passos para tras e tropeçou numa raiz alta, sua visão focou-se e identificou Lil, a gata de Kendra, mas já era um pouco tarde pois havia perdido o equilíbrio e caído em uma espécie de buraco negro, havia caído dentro das próprias sombras que tinha conjurado e depois de estar caindo por um bom tempo sem atingir nada simplesmente perdeu a consciência...





Kalysto S. Le Fay
Kalysto S. Le Fay

Mensagens : 30
Dinheiro : 58
Data de inscrição : 19/02/2015

Ficha do personagem
Mochila:

Ir para o topo Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty Re: TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Kalysto S. Le Fay Qui Mar 12, 2015 12:31 am

As três netas de Morgana agora estão com seus exatos dezoito anos e Remy com vinte, suas forças estão a pleno vapor e suas mentes confusas com o fato de serem bruxas e viverem no mundo normal, Avery depois de assassinar acidentalmente todos em sua festa de dezoito anos foge sem paradeiro, não ve nenhuma saída logica para ganhar a vida além de ser mais uma cortesã, a mesma segue seu caminho afastando-se cada vez mais da Inglaterra; Valkyria também fugira, agora órfã pois o homem que chamava de pai assassinou sua mãe, mas antes da mesma fugir ela mata seu próprio pai, devido a sua personalidade explosiva ela simplesmente surtara com ele depois de encontrar sua mãe enforcada em sua própria casa, visto o que tinha feito decide fugir para longe antes que descobrissem que foi ela quem fez tal ato e a condenassem a fogueira; Kalysto revela traços de magia desde criança, sua “mãe” com medo da filha ser descoberta e morta começa a viver como nômade, fugindo a cada por do sol, mas um dia a guarda da rainha intitulada como “Caçadores de Bruxas” bate em sua porta para uma ronda, Kaly ainda muito jovem não consegue controlar as sombras com perfeição e acaba condenando a própria “mãe” a morte, nesta ocasião a jovem revela seus poderes de forma que jamais tinha feito, sumindo dentro das mesmas após cegar os guardas que atearam fogo em sua amada mãe, depois disso a jovem começa a ser caçada e fica rotulada como a bruxa das sombras pela guarda de Caça as Bruxas, desde então ela ruma para o mais longe que pode, o medo sempre acompanha as Bruxas assim quando descobrem o que são capazes de fazer... Morgana descobre, por intermédio de Viviane, que amaldiçoou suas próprias netas e tranca Avalon para sempre do mundo normal, esta fora apenas uma tentativa de que sua maldição não fosse validas fora das terras de Avalon, a ilha mística perde-se pra sempre no esquecimento.

Remy, Avery, Valkyria e Kalysto migram isoladamente para os estados unidos parando em uma pequena cidade que depois descobrem ser conhecida como Salem...

Em meio a sua jornada Remy decide parar e avaliar os objetos furtados em Avalon, aparentemente eram apenas quatro pedras sem utilidade, se fossem avaliadas por joalheiros nem como pedras preciosas se encaixariam, consumida pela revolta de ter roubado algo inútil Remy joga as quatro pedras no chão e começa a amaldiçoar sua falta de sorte por não ter pego algo que realmente tivesse algum valor, então a gema verde começar a brilhar quando entra em contato com a terra, a jovem se aproxima e observa, em meio ao brilho a gema começa a transfigurar-se até atingir uma forma que a muito não era vista, um pequeno dragão de 30 centímetros verde com espinhos na cabeça e calda, o mesmo levanta voo e para bem em frente ao seu rosto, então se revela a jovem, diz a mesma que cada uma das gemas abriga um espírito da natureza, terra, fogo, ar e água, o espírito da terra a escolhe como sua portadora, o mesmo diz que irá acompanha-la pelo restante da eternidade se assim ela quiser, Remy aceita prontamente e o “dragão” que planava em sua frente pousa em seu antebraço, um novo brilho o envolve então o mesmo assume a forma de um bracelete de ouro que toma o antebraço da jovem por completo, prendendo-se no braço dela através da calda, que enrola-se em seu pulso, e patas dianteiras e traseiras, a gema verde agora esta presa a boca do dragão-bracelete, ele então diz em sua mente para recolher as outras três gemas e seguir viagem pois no momento certo os outros três espíritos também despertariam.

Algumas semanas haviam se passado quando Remy finalmente encontra Valkyria, ela sente a estranha sensação de já conhecer a jovem de algum lugar então o sonho outrora tido forma-se novamente em sua mente revelando as crianças de Mordred, quando teve plena certeza de que a jovem também era uma Bruxa convida-a a seguir seu destino junto à mesma, nesta mesma noite o “dragão” de Remy, Kerberus, diz para ela entregar a gema vermelha a jovem e instrui-la a jogar a pedra no fogo, a Bruxa assim faz, a gema começa a assumir uma cor incandescente como brasa, então as chamas da fogueira começam a ser sugadas pela mesma até se extinguirem em um brilho avermelhado, um novo espírito se revela, o espírito do fogo, o mesmo assume a forma de um dragão de escamas lisas e sem chifres, quando tudo é explicado a Valkyria e a mesma aceita o “dragão” que envolve-se em seu antebraço e assume também a forma de um bracelete dourado com a gema vermelha presa a boca.

Avery fora encontrada em um acampamento improvisado a poucas noites de distancia da cidade de Salem, Remy tem a mesma sensação que tivera com Valkyria e então Kerberus diz em sua mente que esta era a terceira bruxa escolhida, as duas aproximam-se da jovem e ganham sua confiança, depois disto entregam a gema azul a ela, que instantaneamente sente uma tristeza profunda, lembranças de tudo ruim que havia acontecido com ela começam a encher sua mente, a jovem chegou inclusive a pensar que não existira mais nada bom que pudesse acontecer a si mesma, então deixa a gema cair sobre o solo junto a uma lágrima que rapidamente tornou-se em prantos, Kerberus diz na mente de Remy que ela havia lhe dado a gema errada, a jovem então tenta entregar-lhe a gema branca, Avery ainda estava muito abalada e decide recusar a gema inicialmente, depois de muita insistência ela pega a mesma e sente automaticamente seus medos se acalmarem, a jovem sente uma liberdade e vitalidade inexplicável então por instinto joga a gema para cima, a mesma encontra um raio solar e para flutuando no ar, havia chego em uma altura que não era possível ver nem seu brilho esbranquiçado enquanto o espírito da natureza que dominava o vento assumia a forma de um pequeno dragão, o mesmo desce planando em um voo calmo e sereno e para na frente de Avery lhe explica tudo assim como os outros dois espíritos fizeram com as jovens, após ser aceito também transforma-se em um bracelete de ouro envolvendo o antebraço da jovem por completo e segurando a gema branca em sua boca. Faltava apenas uma das quatro bruxas e esta estava prestes a ser encontrada.

Estavam a apenas um dia de distancia de Salem quando Remy pergunta a seu espírito protetor onde encontraria a outra bruxa, Kerberus por sua vez diz que ela não precisará ser encontrada, diz que ela está mais perto do que elas imaginam, mas que ela só irá se revelar quando sentir-se segura o suficiente para isso. A ultima das Bruxas é conhecida como Kalysto, à mesma tem o dom de viajar pelas sombras, e foi nas sombras que escondeu-se em toda a viajem, havia interceptado Remy na hora em que seu espírito protetor havia se revelado, virá Valkyria e Avery juntar-se a jovem e as mesmas falarem que faltava uma bruxa que seria regida pelo espírito da água, quando as três Bruxas descansavam em um acampamento improvisado Kalysto decidiu se aproximar, apenas por curiosidade, viu então dentro da barraca a ultima gema perto de Remy, a jovem então começou a controlar as sombras até que as mesmas enchessem a barraca por completo, escondeu-se atrás de uma árvore e colocou sua mão dentro da sombra, havia criado um portal até o local exato onde a gema estava, poucos segundo haviam se passado e a mesma agora estava na mão da jovem, seu tom era de um azul muito escuro quase chegando ao roxo, nada havia acontecido, nada de brilho, nada de desespero como havia acontecido com Avery quando pegara a gema, então surgiu-lhe a lembrança de estar sozinha, sem mãe, sem pai, sem amigos nem familiares, a imagem em sua mente mudou e ela viu pela segunda vez o corpo inerte daquela que achou um dia ser sua mãe sendo engolido pelas sombras, uma lágrima brotou de sua face e rolou por seu rosto caindo de encontro a gema, a mesma começa a assumir um tom azul tão vivo quando o do oceano, um brilho ciano envolveu a jovem por completo então a gema desmanchou-se na palma de sua mão como se fosse água, a mesma começou a tomar uma estranha forma até tomar a forma de um dragão azul de escamas lisas, este também tinha chifres no topo da cabeça e cauda, ele parou em um voo planado na altura do rosto da jovem, explicou-lhe tudo que estava acontecendo e fatos já ocorridos, então depois de ser aceito enrola-se em seu braço como os demais espíritos haviam feito com as outras Bruxas, o contato com seu espírito protetor havia sido tão intenso que não vira que as outras três Bruxas aproximaram-se dela na exata hora em que o mesmo se revelara, quando voltou a si estava de joelhos no chão com as três bruxas a observando, a única que falou algo foi Remy, nada além de um simples Bem Vinda...





TRAMA LE FAY -  SEGUNDA PARTE




Spoiler:


Última edição por Kalysto S. Le Fay em Seg Mar 23, 2015 11:12 am, editado 1 vez(es)
Kalysto S. Le Fay
Kalysto S. Le Fay

Mensagens : 30
Dinheiro : 58
Data de inscrição : 19/02/2015

Ficha do personagem
Mochila:

Ir para o topo Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty Re: TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Lily V. Schüler Voss Qua Mar 18, 2015 6:55 pm


Love is strong, but I am evil

[...] DESCOBRINDO DRAGÕES [...]

Ruby! Rápido! Os guardas estão na nossa cola! —  Eu gritava correndo em direção ao casebre onde eu havia passado as ultimas semanas. Desde que havia chegado nas Américas, Ruby e eu eramos melhores amigas. Era 1690 e para ser honesta, nos últimos anos eu havia dado prioridade a tentar viver uma vida normal ao invés de procurar rostos no meio de bilhões de pessoas... Parecia loucura procurar garotas que eu vira apenas em um sonho! Eu estava seguindo viagem para Massachusetts com Ruby que havia dezoito anos e apesar disso eu aparentava ser mais nova que ela. Conosco também seguia viagem Margareth e David, que agiam como nossos pais mas, infelizmente dinheiro não era algo que o nosso pequeno grupo possuía, então nosso acordo era, Margareth e David arranjariam comida e Ruby e eu roubaríamos dinheiro para conseguirmos carona ou até mesmo um lugar para passar a noite.

Remy, eu estou correndo o mais rápido que posso, acredite! Mas essa será nossa última vez correndo nessas ruas! Finalmente teremos dinheiro o suficiente para pagar aquele carroceiro! Se tudo der certo, chegaremos em Massachusetts em dois dias!  — dizia Ruby, animada e indiferente ao  meu medo de ser pega. Chegamos ao casebre sã e salvas. Minha bolsa, com as coisas roubadas de Morgana sempre estavam comigo, apesar de que eu nem me lembrava da ultima vez que a havia aberto.

O melhor de Margareth e David, era que, assim como pais, eles sempre colocavam a mim e Ruby em primeiro plano, sempre cuidavam e zelavam por nosso bem estar. Naquela noite fria e nublada de sexta, o ar do velho casebre abandonado estava festeiro. Comemorávamos nossa ultima noite naquela cidade taciturna e suja enquanto comíamos macarrão com queijo antes de irmos para as camas quentinhas. O cheiro de mofo nem nos incomodava mais.

Como todas as noites, Margareth colocava a mim e Ruby na cama e nos contava mais uma de suas histórias fantásticas aonde finais felizes sempre aconteciam... Ruby sempre questionava Margareth se aqueles finais existiam, e se algum dia ela teria o dela... Margareth sempre a respondia que, se Ruby quisesse, um dia ele aconteceria, sem dúvidas. Quanto a mim? Eu olhava para tudo o que eu tinha... Eu tinha pais, normais, que faziam de tudo para me ver bem mesmo não sendo biológicos... Eu tinha a Ruby, que era quase minha irmã, que me fazia rir quando eu chorava e que sempre se metia em encrencas... Por mais que mudássemos de cidade, sempre havia um casebre abandonado ou um celeiro para voltar e dormir... Não era muito, mas para mim aquilo era meu final feliz... Uma coisa que eu havia aprendido sobre finais felizes é que, quando você acha o seu, ele não termina, continua e se repete todos os dias... E eu acreditava fielmente que aquelas três pessoas, cada uma delas, eram meu final feliz.

Eram cerca de três da manhã quando gritos horrorizados invadiram o quarto onde eu e Ruby repousávamos. Acordei com o coração acelerado e vi Margareth suja de sangue mandando que eu e Ruby pulássemos a janela. Sem entender muito, peguei a mochila na cabeceira e puxando Ruby abri a janela. Já estava quase do lado de fora quando dois homens com facões invadiram o quarto e agarraram a mulher e a garota que estavam ali. Margareth apenas gritou para que eu corresse e então não questionei, sai correndo até chegar ao beco das prostitutas, aonde entrei em um bordel, me escondi em um dos quartos e comecei a chorar. Chorei por horas e horas, até ver os primeiros raios de Sol nascerem no horizonte pela janela do quarto imundo.

Voltei para o casebre e me deparei com os corpos do que, na noite passada, eu achava que era minha família. Nunca cheguei a entender o porque daquela atrocidade. O dinheiro que levamos semanas para juntar havia sido levado e o corpo nu de Ruby, sugeria que ela havia sido brutalmente violentada antes de ter o pior destino. Engoli o choro e a vesti com roupas que eu carregava, pois as dela estavam rasgadas. Com dificuldade carreguei os corpos de David e Margareth até a cama onde Ruby e eu dormíamos, e entre eles coloquei Ruby de forma a parecer que estavam em um abraço triplo. Suspirei dando uma ultima olhada naquelas três pessoas incríveis e sai do casebre rumo a estrada. Não suportaria ficar naquela cidade nem mais um segundo sequer.

Havia caminhado por pelo menos duas horas por uma estrada de terra quando decidi parar e me sentar. A mochila de itens roubados de Avalon pesava em meus ombros, por isso decidi procurar nela, qualquer coisa que eu pudesse jogar fora para reduzir o peso. Tirei os livros de magia primeiro e sorri, nunca havia tido tempo de lê-los. Depois tirei quatro pedras que pareciam sem utilidade, nem se eu quisesse vende-las me renderiam algo. Me enfureci porque nada ali me ajudaria a seguir viagem. Joguei as quatro pedras no chão, pelo menos seria menos peso a ser carregado. Quando acabei de guardar os livros novamente da mochila e me levantei para seguir viagem vi que, a pedra verde, entre as que eu havia acabado de jogar fora começou a brilhar. Meus olhos se arregalaram e cai sentada no chão quando a mesma se transformou em um dragão, pequeno e verde.  O mesmo levantou voo e parou no ar em frente ao meu rosto. Ouvi atentamente tudo o que o dragão me disse e continuou falando que o espírito da terra me escolhera como portadora e perguntou se eu aceitaria tal responsabilidade. Engoli em seco aceitando com um movimento de cabeça e  então o dragão se repousou em meu antebraço e um novo brilho o envolveu. O brilho era tão forte que me cegou temporariamente me fazendo fechar os olhos e quando voltei a abri-los pude visualizar um bracelete de ouro que tomou completamente o meu braço em forma de dragão, e a pedra verde agora estava presa a boca do dragão-bracelete e então uma voz parecida com de trovão encheu minha cabeça ordenando que eu reconhece as outras gemas porque no momento certo, os outros espíritos da natureza despertariam. Recolhi as pedras guardando-as novamente na bolsa e segui viagem.

[...] ENCONTRANDO VALKYRIA [...]

Após dois dias de caminhada, cheguei até um vilarejo pequeno, e de longe pude ver alguns arbustos de morangos silvestres. Corri até eles me sentando abaixo de uma árvore e colhendo alguns morangos. Ouvi passos atrás de mim e olhei por cima do ombro. Era uma garota que parecia tão perdida quanto eu. Sorri me levantando e fui até ela que, parecia nem ao menos ter percebido a minha presença. — Oi... Quer morangos? — Perguntei erguendo a mão com alguns morangos recém colhidos para que ela pegasse caso quisesse. Quando ela virou seu rosto para me olhar tonteei. Era como se ela tivesse saído de um dos meus... Sonhos? Me levantei indo para um pouco mais perto dela. — Eu sou a Remy... Hadley!— Me apresentei sorrindo, mas o olhar da outra garota parecia triste e confuso. — Qual é o seu nome? — Perguntei sorrindo fraquinho. Quando ela se reconheceu como Valkyria soltei um longo suspiro. — Está perdida? Precisa de ajuda para encontrar sua família? — Quando ela disse que não havia mais família meu coração se partiu. Peguei em sua mão e ela estranhou tal ato, mas ainda sim, não soltei. Sabia o que ela estava passando. — Vem! Está ficando tarde, precisamos achar um lugar pra fugirmos do frio essa noite! — Puxei a jovem. O caminho fora longo e silencioso, até que chegamos em uma das fazendas locais. O céu já estava escuro e uma chuva fina nos molhava aos poucos. Invadi um dos celeiros e pedi para que ela ficasse perto de mim. As galinhas ali por alguns segundos ficaram agitadas mas logo se acalmaram. Me sentei em um dos cantos abraçando meus joelhos e a garota se sentou ao meu lado. Vi um lampião pendurado sendo iluminado pelo pouco de luz da lua que não estava tampada por nuvens. Tirei uma caixinha de fósforos do bolso e o acendi. Voltei para perto da garota, e me sentei em um punhado de feno que ali estava e contei minha história falando que estava fugindo porque iriam me queimar na fogueira como bruxa e da perda da minha mais recente família. — E você? Qual a sua história? — Valkyria parecia meio insegura de me contar sua história mas acabou me contando. Suspirei e a melancolia tomou conta do lugar. Valkyria se culpava pelo ódio que sentira e por perder a cabeça. Me levantei me sentando no chão de frente pra ela e peguei suas duas mãos. — Em algum lugar no fim de toda essa raiva que você está sentindo, há uma luz... Eu não vou te deixar sozinha... Eu sei que você se sente como se estivesse enlouquecendo, mas, todos são loucos... — Tentei consola-la. Ela me perguntou se eu não havia medo dela, ou do que ela acreditava serem poderes sobrenaturais. Ri. — Eu não tenho medo... Não vou deixar com que queimem você, só porque você é diferente! — A voz de trovão mais uma vez tomou conta do meu cérebro, pedindo para que eu entregasse a pedra vermelha a ela. Abri a mochila procurando-a, a pouca luminosidade do local não ajudava. Tomei a pedra em minhas mãos e entreguei para Valkyria. Expliquei para ela sobre Avalon, a maldição, Morgana... Tudo o que ela precisava saber. Sorri levemente apontando para a pedra e fazendo um movimento com a cabeça para que ela dirigi-se seu olhar para o fogo. Ela entendeu o recado e assim, mais um espírito da natureza fora revelado.

[...] ENCONTRANDO AVERY [...]

Valkyria e eu seguimos viagem rumo ao norte. Nos conhecemos melhor, paramos algumas vezes para dormir, tomar banho em rios e córregos e nos arranjávamos como podíamos. Estávamos próximas de Salém, o nosso destino, quando vimos um acampamento pequeno e improvisado. Como estava frio e já estava escurecendo decidimos pedir para que a pessoa deixasse-nos juntar a ela. Avery apareceu nos fitando e mais uma vez tonteei ao ponto de ter que me apoiar em Valkyria. Kerberus, meu dragão, voltou a encher minha cabeça com sua voz estonteante falando que com certeza aquela garota era uma das escolhidas. Voltei meu olhar para Avery e me aproximei da garota com o coração disparado. Um sorriso tímido surgiu em meus lábios. — Oi... Eu sou a Remy! E essa é a Valkyria! — Nos apresentei com uma voz baixa porém audível. — Você se importa de que passemos essa noite aqui com você? — Avery no início pareceu querer recusar, mas logo deu o braço a torcer.

Estávamos todas sentadas em volta de uma pequena fogueira quando olhei para Avery. — Qual é o seu nome? — Quando ela respondeu um sorriso largo tomou conta do meu rosto. Avery parecia curiosa a respeito de mim e Valkyria. Contei a mesma história que eu havia contado para Valkyria na noite que a conhecera. Valkyria também contou sua história e Avery parecia compreensível com nós duas. — E a sua? Por que uma garota tão jovem está acampando sozinha em um lugar tão isolado? — Perguntei. Avery respondeu e também compartilhou sua história conosco. Peguei qualquer uma das pedras restantes em minha bolsa e estendi a mão entregando-a para a nova conhecida. Expliquei para ela sobre a origem de seus poderes, Avalon e sobre a gema que havia lhe entregado, porém ao testar a gema, essa não funcionou. Avery caiu em prantos e, assustada, eu tentava entender o que havia acontecido, e porque havia dado errado. Abracei Avery apertado, tentando acalma-la. A voz do dragão novamente tomou conta de minha cabeça falando que eu havia entregado a gema errada. Revirei os olhos e comecei a discutir com o meu dragão perguntando o porque ele não havia me impedido de cometer esse erro.

Entreguei a gema certa para Avery, que, em um instinto jogou-a para cima, e os primeiros raios de Sol tocaram aquela pedra magnífica, que, novamente revelou mais um dragão. Agora só restava mais uma. Questionei várias vezes Kerberus para que me contasse logo aonde a ultima garota estava. Ele apenas me mandou ter paciência, eu não precisava procura-la, ela me acharia.

[...] ENCONTRANDO KALYSTO [...]

Avery, Valkyria e eu partimos deixando o acampamento para trás. Faltava agora, um dia de viagem para chegarmos a Salém. Paramos perto de um riacho, aonde levantamos mais um acampamento. Sem dúvida aquela noite era a mais fria, desde a morte da minha família adotiva.  Avery e Valkyria decidiram dividir a mesma barraca para que o calor uma da outra torna-se a noite mais agradável e o frio mais tolerável, mas ambas se queixavam de que não conseguiam dormir. Avery comentou que sentia como se algo ou alguém a tivesse observando desde o campamento onde nos conhecemos. Eu sabia que elas teriam que descansar se quisessem chegar mesmo em salém nas próximas 24 horas. Contei para elas a história de Alice no país das maravilhas, minha história preferida das que Margareth contava para mim e Ruby e logo as garotas pegaram no sono. Fui até a minha barrava. Estava sem sono. Abracei meus joelhos e voltei um vazio tomou conta de mim. Comecei a chorar de forma desesperada tentando fazer menos barulho possível para não acordar as outras garotas. De repente uma escuridão completa tomou conta de minha barrava me fazendo sufocar, mas a sombra foi passageira. Sai da barraca para ver se as meninas estavam bem quando um brilho azul chamou a minha atenção. Me aproximei dele vendo então a garota loira de olhos azuis segurando a gema e o dragão que se revelou logo em seguida.

Após tal episódio Valkyria e Avery se despertaram se aproximando de mim e da outra figura que ali estava. Sorri para a novata, peguei uma de suas mãos e com um sorriso acolhedor dei as boas vindas.
From the devil deep inside
Can't you see what I'm wanting?
Thanks Maddoll @ TPO
Lily V. Schüler Voss
Lily V. Schüler Voss
Academia Real de St. Claire
Academia Real de St. Claire

Mensagens : 84
Dinheiro : 100
Data de inscrição : 19/02/2015

Ir para o topo Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty Re: TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Kalysto S. Le Fay Seg Mar 23, 2015 11:41 am

...



Kaly S. Le Fay





Kaly não tinha a menor ideia de quanto tempo havia se passado desde que havia caído no buraco de sombras, quando tornou a si sentiu cada osso doer como se algo tivesse se apossado do mesmo, cada músculo estava extremamente dolorido naquele bosque quando ela acordou, sua barriga roncava de fome e seus cabelos loiros estavam cheios de galhos como se tivesse sido coberta por folhas enquanto dormia para não passar frio, a jovem sentou-se e mirou o lugar, árvores para todo lado e o canto dos pássaros ribombando em seus tímpanos que pareciam estar mais aguçados que nunca, seus músculos e articulações estavam completamente travados e quando finalmente levantou-se sentiu sua cabeça girar, uma volta completa de 360º, uma depois outra e outra até a jovem cair novamente e perder a consciência...

Os anos foram se passando e junto a eles as habilidades da jovem progrediam cada vez mais, o que havia começado com um simples conjurar de sombras agora havia se transmutado de forma grandiosa, ela convocava as sombras, sua única companheira desde a morte de sua mãe, viaja por elas, também se escondia nas mesmas, conseguia controlar os quatro elementos, fogo, terra, ar e água, sendo o ultimo com bem mais facilidade, sempre que a jovem sentia fome ela ia a algum mercado a céu-aberto e furtava pelas sombras algum alimento, ela circulava de reino em reino sem saber ao menos quem era seu monarca representante, ou se o mesmo era amistoso, sempre era confundida com alguma pedinte, certa vez ela aproximou-se de uma barraca de maçãs, ainda tinha algumas poucas moedas desde seu ultimo saque e então ouviu as notícias pelo vendedor, os guardas reais de caça as bruxas estavam rastreando uma bruxa com dons muito estranhos, dizia às histórias que ela havia deixado um exercito inteiro de 50 homens cegos para que nunca a encontrassem, Kaly soltou um ar de riso ao ouvir isto, o assunto passado de boca em boca realmente dava um certo ar de fantasioso ao que realmente havia acontecido, 15 soldados foram cegos naquela noite, nem mais nem menos, ela pegou a única maçã que suas moedas podiam comprar e furtou outra sorrateiramente para quando sentisse fome enquanto passeava em meio ao mercado comendo sua maçã ouvindo outras histórias, os soldados cegos diziam que a bruxa havia vendido sua alma ao demônio e que viveria eternamente, ela controlava as sombras e todos os demônios que existiam na mesma e apenas por este motivo havia conseguido inutilizar um exercito tão grande, Kaly divertia-se com as histórias, já havia pego um controle razoável de sua habilidade de sombras, então não corria o risco de conjura-las e revelar ser a bruxa que estava sendo caçada, mas entre tantas especulações uma a deixou preocupada, os aldeões diziam que muitos dos reinos já haviam sido avisados desta bruxa e que todos estavam oferecendo uma recompensa por sua cabeça, ela então em um estalo decidiu que pararia de fugir, não seria mais a caça, se eles queriam mata-la ela também mataria para se proteger caso isso fosse preciso...


ALGUNS ANOS DEPOIS...


Aquela íris azulada espiava em meio à fenda escura, era uma das sombras, Kaly agora sabia dominá-las com perfeição, viajar entre elas, e até mesmo como matar uma pessoa usando as sombras ao seu favor, era uma coisa simplesmente obvia, bastava prender a sombra do pobre infeliz o incapacitando de movimentos enquanto o esquartejava em um ritmo extremamente lento, apreciando cada grito de dor... Essa era a nova Kaly, ela estava escondida na sombra de uma árvore, um pouco distante na clareira um acampamento com cinco guardas de caça as bruxas, a jovem havia achado que seu único meio de sobreviver era caçando-os, seu cabelo loiro estava com muitos nós e suas roupas sujas e surradas, mas ela não se importava, para Kaly o mais importante era manter-se viva e para isso teria que matar cada soldado que se aproximava da mesma, para que ela jamais voltasse a ser seu alvo, mas naquela noite sua rotina seria diferente, sempre montava um curto tempo de guarda antes de cada ataque, gostava de analisar, brincar com suas fraquezas e era isso que fazia agora, mas o que faria a diferença era a presença de uma mulher, uma cortesã em meio aos caçadores, vagabunda, pensou Kaly soltando um sorriso torto, a jovem cortesã tinha os cabelos cor de ferrugem, algumas sardas e os dentes da frente ainda aceitáveis, ela ria ruidosamente enquanto segurava um copo, Kaly fungou e sentiu o cheiro de conhaque, dois dos guardas saíram da cabana rindo e com as camisas abertas, também pareciam alterados, eles beijaram o pescoço da cortesã um de cada lado, ela fingiu um desmaio nos braços musculosos deles, os dois brutamontes a seguraram e a conduziram para a entrada da barraca ao mesmo tempo que mais três caçadores saiam da mesma, essa ao menos já teria seu aluguel garantido, pensou a jovem novamente, mais algum tempo se passou, todos os seis já estavam completamente embriagados, seria hora de agir, ela fez um leve movimento com as mãos e pequenas trepadeiras começaram a deslizar em direção a barraca, como uma onda calma, elas a recobriram por completo e começaram a entrar na barraca, a jovem cortesã assustou-se com a erva e saiu correndo da barraca, Kaly a avistou puxar o folego e imediatamente fez um movimento mais brusco, um grande cipó caiu da copa das árvores envolvendo seu pescoço e a puxando pra cima, ela debatia-se enquanto os últimos vestígios de seu oxigênio a abandonava...

Menos um, pensou a jovem, esperou mais algum tempo e nenhum barulho fora feito, os guardas com certeza estavam desmaiados de tão alcoolizados que ficaram, Kaly saiu da sombra descalça, com um vestido rosa na altura de sua coxa e sem mangas aos remendos, ainda sim a jovem parecia extremamente sexy, aproximou-se da barraca e viu os cinco guardas nus, suas roupas jogadas ao canto da barraca, sendo completamente enrolados pelas trepadeiras, ela sorriu, sentiu que isto seria mais fácil que tomar doce de uma criança, começou a afastar-se dos guardas que agora estavam completamente inutilizados com uma grossa camada de trepadeiras os envolvendo, ao lado de fora da cabana uma fogueira outrora havia sido feita, mas a mesma já havia sido completamente consumida restando apenas cinzas e um pouco de brasas, Kaly esticou a mão tocando em um galho baixo, forçou-o para baixo e o mesmo quebrou-se com muita facilidade, colocou o mesmo sobre as brasas e fechou os olhos, começou a atiça-las mentalmente até que a fogueira ardia novamente como se tivesse sido recém ascendida, quando abriu seus olhos o galho em que segurava tinha sua ponta em brasa extremamente pontiaguda, ela aproximou-se novamente dos guardas, segurou o galho com a ponta em brasa come se fosse um punhal e o desceu agilmente na orbita ocular esquerda dele, o pobre coitado estava tão bêbedo que apenas teve forças para gemer de dor, em seguida veio o olho direito, e ele novamente nada fez, então um por um foi sendo cegado pelo galho, curiosamente Kaly conseguia manter a brasa tão intensamente alaranjada quando os raios de sol do crepúsculo, até chegar ao ultimo homem preso pelas trepadeiras, ela ajoelhou-se ao seu lado e mirou seu rosto, um belo homem tinha que assumir, sua pele tinha uma cor avelã amadeirada, cada músculo podia ser visto bem desenhado por baixo das trepadeiras e uma virilidade de causar inveja a muitos homens, seu rosto era bruto e queimado pelo sol, um cavanhaque destacava seus lábios carnudos, Kaly tocou-os de leve sentindo sua maciez e foi descendo sua mão pelo peito peludo do homem, as trepadeiras começavam a se folgar e reorganiza-se o prendendo ao chão pelos braços e pernas, mas deixando seu tronco completamente exposto, os pelos de seu peito desciam de forma rala até sua barriga e dali a seus genitais, cada músculo daquele corpo era tão bem desenhado que pareciam terem sido moldados a mão, ela o observou até sua mão alcançar seu orgulho masculino, Kaly pensou que ele devia ser muito feliz consigo mesmo, já que mesmo dormindo e não desempenhando seu papel reprodutor o tamanho era no mínimo convidativo, quando sua mão alcançou o órgão do homem ele instintivamente abriu seus olhos revelando uma íris esverdeada no mínimo hipnotizante, Kaly sorriu ao ver a expressão de surpresa do homem, abaixou-se levemente e seus lábios encontraram os dele, ele a beijou de forma ardente como um verdadeiro macho-alpha, então quando ela afastou-se finalmente disse – Me escute com atenção, leve um recado ao seu rei, eu sou a Bruxa das Sombras que vocês procuram e quero que me deixem em paz, cada guarda que tentar me achar terá o mesmo destino de você e seus companheiros... – Rapidamente o guarda olhou para o lado e viu seus homens preso ao chão pelas trepadeiras com fumaça saindo do lugar onde deveriam ser seus olhos, eles estavam em silencio o que indicava que ou estavam mortos ou desmaiados pela dor – Sua Bruxa imunda, você não pode nos exigir nada! – Vociferou ele, Kaly então suspirou e abriu um sorriso encantador – Diga ao seu Rei que suspenda a caçada e que convença os demais a fazer o mesmo, ou irei matar cada Caçador de Bruxa existente na face da terra, e quando não houver mais nenhum irei atrás de seus governantes... Leve meu aviso, e como recompensa ficará vivo, mas sinto lhe informar que jamais verá nenhum rosto novamente! – Disse ela segurando o galho com mais força, então em um movimento rápido e brusco enfiou a brasa no olho direito do soldado, um liquido vermelho e viscoso respingou em seu vestido devido à intensidade do golpe, o soldado gritava com todas as suas forças e Kaly apenas ria e esperava alguns segundos para repetir o movimento no outro olho, e assim o fez, levantou-se e deixou o homem no chão agonizando e sem voz de tanto gritar pedindo ajuda e pela dor da brasa queimando sua carne, Kaly levantou-se e mirou seu vestido, talvez ninguém estranhasse alguns rasgões ou remendos, mas sangue talvez lhe trouxesse complicações... A jovem olhou para cima e viu a cortesã enforcada no cipó já sem movimentos, estava morta, a Jovem suspirou e o mesmo afrouxou-se deixando o corpo cair com um baque seco no solo, a mulher tinha uma marca roxa no pescoço e estava pálida, seu vestido vermelho destacava de forma bela e mortífera em sua pele, Kaly aos poucos a despiu e pegou a roupa, então levantou-se e seguiu em direção a uma árvore cuja sombra parecia ser solida de tão escura, a jovem sumiu dentro da mesma sem falar mais nada...

... Ao longe era possível se ouvir o barulho da musica ecoando pelos corredores, Kaly não fazia a mínima ideia de onde estava, há algumas horas havia deitado para dormir no galho de uma árvore, haviam aproximadamente dois meses que tinha completado seus 17 anos, os corredores pelo qual sua visão seguia eram bem iluminados e algumas pessoas estavam encostadas a parede conversando, ninguém a via, ela não sabia explicar o motivo da visão, mas sabia com plena certeza que jamais havia estado naquele local, então alguns gritos chamaram sua atenção, a jovem foi em direção ao local junto a cada pessoa que estava em pé no corredor então avistou, a jovem viu uma sala completamente tomada pelas sombras, deduziu ser um grande saguão pelo tanto de vozes que gritavam e que aos poucos também se calavam, então pouco-a-pouco as sombras foram abandonando o local, muitos corpos estavam estendidos no chão com diversos cortes, poças de sangue enchiam por completo o ambiente e ao fundo da sala uma única jovem viva com seus olho completamente negros, era ela a controladora das sombras, sabia disso pois uma vez sua mãe disse que seus olhos também ficavam assim quando a jovem as convocava, então quando tentou aproximar-se da jovem as sombras novamente tomaram conta do local e ela acordou, ofegante e suada no galho alto, ela não sabia exatamente como havia acontecido mas tinha visto uma outra bruxa através das sombras, o que não era bom pois se viu a bruxa pensou que também poderia ser vista...

Algum tempo havia se passado desde seu sonho, era ano de 1690 e a jovem agora tinha 17 anos, seu corpo havia desenvolvido de forma surpreendentemente bela, seu quadril ficado avantajado e seus seios maiores, sua cintura ainda fina a deixava mais bela que a própria Vênus, ao menos era isso que os homens diziam quando a viam em algum lugar, um de seus recentes furtos havia lhe proporcionado algum ouro e um vestido preto de seda cuja as mangas bufantes foram arrancadas, Kaly estava acordada a algum tempo sobre o galho alto de uma árvore, seguia viagem em direção a Massachusetts,  já havia comido duas maças como dejejum e estava apenas observando as nuvens como sempre fazia até o por do sol, foi quando um barulho de passos rápidos chamou sua atenção... Ela posicionou-se melhor no galho para ocultar-se e também ter uma visão melhor, fechou os olhos e convocou rapidamente as sombras para ocultar toda a copa da árvore na qual estava, então avistou duas jovens correndo, entre elas uma loira que atiçava a outra a correr mais rápido usando o argumento de que os guardas estavam chegando, sua voz era extremamente melodiosa e despertou dentro da jovem algo que ela jamais saberia explicar...

Kaly as observou afastarem-se então deixou a maior parte das sombras se dissiparem, as poucas que haviam sobrado serviram como túnel de transporte entre as copas das árvores até chegar no limite do bosque de onde avistou um antigo casebre, as jovens corriam naquela direção dizendo que nunca mais precisariam roubar, então entraram no local e suas vozes sumiram, foi então que Kaly ágil por impulsividade, não seguiria viagem naquela noite, algo naquela jovem loira havia despertado sua curiosidade e decidiu descobrir o que seria esse algo... Kaly convocou novamente as sombras e entrou na mesma sumindo por completo...

A noite havia chego de forma fria e nublada, Kaly movia-se silenciosamente como um gato em meio as armações de madeira que sustentavam o telhado do casebre, abaixo de si um clima festeiro era perceptível, as duas jovens haviam se juntado a mais uma mulher e um homem, eram uma provável família que havia perdido tudo, ou talvez jamais tivera nada, o cheiro de macarrão com queijo fazia o estomago da jovem dar alguns nós de alerta, já se fazia algum tempo desde que comera comida caseira a ultima vez, geralmente sua alimentação baseava-se em frutas, ela fungou silenciosamente com os olhos cerrados deixando o aroma preencher suas narinas, se sobra-se algo ela comeria escondido enquanto todos dormiam, ao menos esse era seu plano, quando finalmente as duas jovens sentiram-se cansadas foram para suas camas improvisadas, a mulher mais velha as cobriu e começou a contar uma história, uma lagrima quis escapar dos olhos de Kaly ao lembra-se que sua mãe também fazia isso com ela, mas a jovem a conteve, a voz da contadora de histórias estava baixa e um pouco abafada, Kaly teve que segurar-se para não se aproximar mais, as duas jovens na cama olhavam para as telhas acima de si, mesmo que ela convoca-se as sombras seria vista como uma massa negra passando próximo a coberta então decidiu não se arriscar, depois do fantasioso final feliz da história que a mulher contada as duas jovens finalmente dormiram e ela afastou-se das mesmas em direção a sua própria cama onde o homem já estava deitado até que, finalmente, depois de algum tempo todo o casebre estava em silencio absoluto com todos dormindo, Kaly finalmente poderia descer, ela usou uma das sombras como portal até o solo, lá em baixo ela movia-se em silencio, raspou o restante de macarrão com queijo da panela e o comeu, pensou então que as duas jovens eram extremamente sortudas por terem uma mãe tão zelosa e que cozinha-se tão bem, mesmo depois de comer ainda sentia fome, mas isso era normal de quem roubava para sobreviver, ela caminhou até onde as jovens estavam dormindo e parou ao lado da cama da loira, ela dormia serenamente como um anjo, essa simples imagem arrancou um inexplicável sorriso de Kaly, e pela primeira vez em muitos anos ela sentiu-se bem em apenas saber que a jovem estava segura, como também sentiria se sua mãe estivesse bem, isso claro se ela ainda estivesse viva...

Kaly havia voltado ao telhado e cochilado, mas ao ouvir passos acabou despertando, tudo havia acontecido muito rápido, os homens entraram e sem piedade alguma mataram o pai das jovens, também haviam tentado matar a mãe que conseguiu desviar-se um pouco do golpe do facão, mas ainda sim o mesmo havia acertado seu quadril, ela gritou e correu em direção onde as jovens dormiam com seu sangue ainda escorrendo pelas vestes, ordenou que as duas fugissem o mais rápido que pudessem a jovem loira já estava quase completamente com o corpo para o lado de fora quando os assassinos alcançaram a porta de seu quarto, eles finalizaram seu trabalho matando a mulher, mas apenas a jovem loira havia conseguido fugir, os homens seguraram sua irmã pelo pulso, a jovem se debatia enquanto o barulho dos passos acelerados da outra afastavam-se cada vez mais, Kaly pensou em ajudar, mas por um instante teve medo de interferir, viu os homens molestarem a menina e quando finalmente recobrou sua coragem era um pouco tarde, ela jogara um pedaço solto da telha nos pombos do outro lado, o barulho que eles fizeram chamaram a atenção dos homens, a jovem pensou que esta seria sua saída e tentou fugir quando um dos homens lhe deu um golpe certeiro no estomago transpassando por ele o facão, Kaly tampou a boca para abafar o grito, a ira começou a invadir suas veias e um forte vento começou a invadir o casebre, as janelas batiam e algumas das telhas se desprendiam e caiam, os homens começaram a ficar apavorados e tentaram fugir sem levar nada, Kaly pulou de onde estava caindo dentro de uma sombra previamente convocada, então surgiu em frente aos homens saindo do meio da sombra de um pilar, eles correram em direção a mesma então com um movimento das mãos a rajada de vento ficou mais forte e uma das telhas acertou o homem da direita na testa o jogando para trás, o segundo homem ainda vinha em sua direção com o facão na mão, Kaly olhou para o lado e viu uma única tocha presa a parede iluminando o local, a jovem concentrou-se nas chamas e as mesmas começaram a sair da tocha junto ao vento como um raio de fogo, as labaredas seguiram em direção ao homem e o alcançaram no exato momento que ele desferiu um golpe e Kaly pulou para o lado, ele agora gritava e se debatia enquanto cada parte de seu corpo era queimada, o segundo homem levantou-se com sua testa cortada mas decidiu não atacar, havia percebido que Kaly era uma bruxa, então pegou a bolsa de ouro que as jovens haviam roubado mais cedo e fugiu deixando o corpo de seu capanga pra trás tostando como churrasco,  Kaly levantou-se e se aproximou do corpo da jovem, ela ainda ofegava de dor, aproximou-se da mesma e se ajoelhou, uma lagrima escorreu por seu rosto enquanto sua cabeça era apoiada na perna da jovem bruxa – Vai ficar tudo bem... Pense apenas em seu final feliz e logo a dor irá passar... – Disse Kaly fazendo um cafuné em seus cabelos sujos de sangue, poucos segundos haviam se passado e a jovem finalmente tinha dado seu ultimo suspiro, Kaly levantou-se, suas pernas estavam sujas de sangue assim como suas mãos, uma lagrima desceu por seu rosto então a imagem da outra jovem inundou sua mente, ela não tinha mais ninguém assim como Kaly, então algo em seu interior lhe assegurou que precisava encontra-la, precisava cuidar dela... Algum tempo já havia se passado desde que a jovem fugira, Kaly havia apagado o fogo do corpo de um dos assassinos para que o mesmo não se alastra-se e observava os itens pessoais dos familiares para ter alguma pista de por onde começar a caçar a jovem loira mas nada havia encontrado, até que um outro barulho chamou sua atenção, a jovem escondeu-se nas sombras de um pilar alto então viu a jovem loira entrando novamente no casebre, seus olhos estavam um pouco inchados como se só tivesse chorado desde que fugira e um ar de surpresa e ódio se misturavam em suas íris, ela aproximou-se de sua irmã entendendo que a mesma havia sido molestada então a vestiu com uma roupa extra que levava em sua mochila, lagrimas escorriam por seu rosto deixando Kaly extremamente desconfortável, não entendia porque esta menina mexia tanto consigo, viu então a jovem arrastar os três corpos e coloca-los na mesma cama como se dormissem apenas, este era o sono eterno e esta era a imagem que a jovem havia decidido levar, a imagem serena de seus entes amados dormindo...

Depois de algum tempo a jovem saiu cabisbaixa do casebre e começou a caminhar aparentemente sem rumo, Kaly a seguia pela copa das arvores, estava decidida a mantê-la segura com sua vida se fosse preciso, quase duas horas depois de caminhada a jovem então decidiu para e descansar um pouco, Kaly ainda a observava com curiosidade, mas o medo a impedia de revelar-se... A jovem começou a vasculhar em sua mochila, retirou da mesma alguns livros e os colocou ao lado, depois enfiou a mão novamente lá dentro puxando quatro objetos que ao longe pareciam pedras coloridas, em um momento de fúria ela atirou longe as quatro pedras e voltou a guardar os livros na bolsa, quando finalmente levantou para seguir viagem um brilho esverdeado na direção onde havia jogado as pedras chamou a atenção das duas, Kaly quase caiu da árvore quando viu a pedra transformar-se em uma espécie de lagarto do tamanho de um camaleão adulto com asas na coloração verde, um grande silencio foi feito em volta a jovem, a criatura parecia falar em sua mente enquanto ela acenava sinais positivos com a cabeça, depois de algum tempo desta estranha conversa telepática o réptil pousou no antebraço da menina próximo ao pulso e um novo e cegante clarão foi visto, Kaly virou o rosto e quando voltou a mirar o local o lagarto havia sumido, agora em seu local havia um bracelete de ouro preso no antebraço da jovem com a pedra verde presa a boca, a jovem recolheu as outras três pedras e seguiu viajem com Kaly seguindo-a sem ser vista pelas sombras...





Spoiler:




Kalysto S. Le Fay
Kalysto S. Le Fay

Mensagens : 30
Dinheiro : 58
Data de inscrição : 19/02/2015

Ficha do personagem
Mochila:

Ir para o topo Ir para baixo

TRAMA DA FAMÍLIA Empty Re: TRAMA DA FAMÍLIA

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos