[FP] - Oliver Oton Scherbítsky

Nome Completo: Oliver Oton Scherbítsky

Personalidade: Criado em um regime pior que militar, Oliver é um cara quieto, frio e calculista. Tem um humor negro que muitas vezes é julgado como impróprio e a maioria de suas frases exalam sarcasmo.
Não se envolve muito com as pessoas, já que a maioria delas se mantem distantes por achá-lo uma má companhia. É totalmente devoto a sua mãe e a trata com respeito, amor e faz de tudo para vê-la bem. Pode te surpreender (de uma forma positiva) se conseguires ultrapassar as barreiras criadas por ele para se proteger.

História: Um grito de terror foi ecoado pelo grande salão, fazendo-me virar o rosto na direção da porta de madeira entreaberta e correr em direção ao espaço que levava aos cômodos mais internos do castelo. Minha mãe estava a alguns metros à frente, a expressão assustada observava a figura decapitada de meu pai. Ela não derramava nenhuma lágrima sequer. Sentia a adrenalina correndo pelas minhas veias, minha respiração um pouco rápida devido ao pequeno esforço físico.

O cheiro podre ficava cada vez mais forte conforme me aproximava. O que mais me “assustou” foi o fato do corpo do Rei estar no topo da escada, sem cabeça. Não havia uma gota sequer de sangue espalhada. Eu havia feito um bom trabalho. O sorriso orgulhoso foi reprimido com uma mordida na língua, eu não poderia esboçar nenhuma outra reação além de surpresa e “dor”. Dor. Como eu sentiria dor pela perda do homem mais insignificante e hostil que eu já tivera o desprazer de conhecer? O homem que fora capaz de maltratar, durante toda sua vida, a única pessoa que eu, Oliver, amava e respeitava? Caminhei em passos rápidos até alcançar a mulher de meia idade, enlaçando-a em um meio abraço e olhando para o cadáver alguns degraus acima. – Vamos sair daqui, mamãe. Os guardas querem retirar o corpo e creio que a senhora não tenha estruturas para presenciar essa cena.  


Nasci em Budapeste, às nove da manhã do 10/03/2438 no Castelo de Gödöllõ.  Primeiro e único filho do casal real do país. Próximo na linha de sucessão da família Real Húngara.

Sempre fui criado em um ambiente de repressão e brutalidade. Meu pai, o Rei Theodore Scherbítsky, nunca demonstrou algum tipo de interesse por mim ou por minha mãe, pelo contrário: sempre fora um homem totalmente agressivo e com um sistema de governo que não se aplicava somente aos seus funcionários e discípulos. Quando completei seis anos, tive a primeira amostra do que era uma surra ao tentar defender minha mãe de uma taça lançada em sua direção pelo seu marido. Aos oito, presenciei uma discussão entre os dois da qual resultou em chibatadas investidas contra a mulher que me dera à luz. Aos onze, fui acordado no meio da noite com choros de angústia no corredor: Minha mãe estava abortando o bebê que viria ser minha irmã e meu pai simplesmente a mandou para fora do quarto. Aquele foi o momento em que meu ódio alcançou seu ápice: Eu cheguei à conclusão de que meu pai não merecia a vida que tinha.

Faltando apenas dois meses para meu aniversário de doze anos, idade essa que eu seria mandado para o Instituto St. Claire, eu comecei a observar meu pai. Eu não poderia deixar minha mãe nas mãos daquele homem enquanto vivia em um internato. Então eu comecei a planejar. Planejei uma viagem à Bélgica, onde apenas minha mãe poderia ir, treinei com alguns guardas formas de defesa e ataque e montei estratégias. Aquilo seria rápido e indolor. Ocorreu no meio da madrugada: um travesseiro, uma adaga extremamente afiada e um pano com um líquido viscoso, responsável por estacar o sangue e não deixar qualquer tipo de pista.

Eu tinha onze anos quando cometi meu primeiro assassinato. E nunca fui descoberto. Agora, com 17, vivia na Academia para a realeza e não via a hora de chegar ao governo do meu país. Mudanças drásticas estavam a caminho e eu mal podia esperar para isso.